sábado, 8 de abril de 2017
Infecção por reovírus pode ter relação com o desenvolvimento de doença celíaca
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Enfermagem na Pratica,
em
13:34
Infecção por reovírus pode desencadear doença celíaca, é o que indica um estudo realizado pelas Universidade de Chicago e Faculdade de Medicina de Pittsburg, publicado esta semana (7/4) na revista Science.
A grosso modo, um reovírus é um vírus de RNA que pode afetar tanto o sistema gastrointestinal quanto as vias respiratórias do hospedeiro. Sua nomenclatura "reo" significa vírus "respiratório entérico órfão", porque à época da denominação, não se conhecia nenhuma doença causada por ele. Apesar de recentemente terem sido associadas diversas doenças à infecções por vírus dessa família (Reoviridae), a nomenclatura antiga ainda é utilizado.
Alguns estudos já na década de 90 indicavam a possibilidade de doenças auto-imunes apresentarem relação com infecções virais. Até então consideradas inofensivas, as infecções por reovírus foram relacionadas ao agravamento de resposta imune aos antígenos dietéticos (glúten e ovoalbumina), que causa a perda da tolerância a esses antígenos.
O estudo em questão, realizado primeiramente em camundongos, identificou duas cepas de reovírus que ativam a resposta imune, sendo uma delas a maior responsável por impedir a formação de células T tolerantes e alterar o funcionamento das células T-helper 1, por meio do fator regulador 1 de interferon. Além disso, em pacientes humanos testados também foram encontrados níveis elevados de anticorpos para reovírus.
Essas descobertas dão perspectiva de, no futuro, serem estudadas possíveis vacinas para essas patologias auto-imunes associadas a vírus.
Se quiser saber mais sobre este assunto, consulte as fontes:
- Notícia do site da Universidade de Chicago
- Institute for Molecular Virology, University of Wisconsin-Madison
- NewsMedical - "A Infecção com reovirus poderia ser chave iniciando o evento para desenvolver a doença celíaca, o estudo sugere"
- Link do estudo na revista Science (requer login)
- Correio Braziliense - Reovirus pode deflagrar intolerância ao glúten
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domingo, 2 de abril de 2017
Cuidado! Ibuprofeno e Diclofenaco podem aumentar em até 50% o risco de parada cardíaca
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Enfermagem na Pratica,
em
00:47
Uma
pesquisa recentemente publicada no European Heart Journal alerta para a
perigosa associação entre o consumo de antiinflamatórios não-esteróides
(AINEs), especialmente Ibuprofeno e Diclofenaco, e o aumento de até 50%
no risco de parada cardíaca.
Na
pesquisa, realizada na Dinamarca, foram analisados os eventos de
paradas cardíacas registradas durante de nove anos (2001 a 2010). Das 29
mil pessoas avaliadas, 3 mil tinham feito uso de um AINE em até 30 dias
antes da parada cardíaca. Isso corresponde a cerca de 12% do total de
pacientes analisados. Dentre os AINEs mais consumidos, os primeiros
lugares da lista eram o Ibuprofeno (51%) e o Diclofenaco (21%).
Ficou
constatado pelo estudo que o Ibuprofeno aumentou o risco de parada
cardíaca em 30%, enquanto o Diclofenaco ficou com o posto de mais
prejudicial, aumentando o risco em cerca de 50%. Isso ocorre por conta
dos efeitos do medicamento na agregação plaquetária do sangue, que
provocar formação de coágulos e estreitar também as artérias, aumentando
a retenção de líquidos e a pressão arterial.
Esta
não é a primeira associação dos AINEs com problemas cardíacos. Em
setembro do ano passado, o British Medical Journal publicou um estudo
que identificava a relação desses medicamentos com a insuficiência
cardíaca.
O
perigo é ainda maior pra pacientes que já sofrem de alguma doença
coronariana, já que o Ibuprofeno está associado a um "aumento do risco
de eventos trombóticos (trombose) com infarto do miocárdio ou derrame”,
conforme alerta a bula. Para piorar, os AINEs costumam ser vendidos sem
receita médica e de forma indiscriminada. Aqui no Brasil, o diclofenaco e
o ibuprofeno são vendidos em gotas ou em comprimidos com dosagens entre
50 mg e 600 mg.
Oriente sempre seus pacientes sobre os perigos da auto-medicação! É importante que qualquer tratamento seja realizado com a segurança do acompanhamento médico.
Fontes:
Você pode saber mais aqui (artigo em inglês): NCBI U.S. National Library of Medicine
Link do estudo (infelizmente o acesso é pago): http://www.bmj.com/content/356/bmj.j1358
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sábado, 18 de março de 2017
"A carne tá fraca", mas seu paciente não precisa ficar!
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Enfermagem na Pratica,
em
12:29
Com a grande repercussão da operação Carne Fraca, você pode estar ouvindo muitos dos seus pacientes dizendo "nunca mais vou comer carne!" e "e agora, como faço pra comer minhas proteínas?"
Como enfermeiro(a), você pode ajudá-los a entender que existem outras fontes alimentares que podem ajudar complementar a ingestão recomendada de proteínas, caso eles realmente decidam reduzir ou cortar o consumo de carne (seja por um tempo, ou pra vida toda).
É importante lembrá-los de que as proteínas são indispensáveis para a saúde, pois além prover de valor energético (fornecem 4 KCal/g), são fontes de aminoácidos essenciais que atuam como construtores e renovadores, sendo os principais responsáveis pelo crescimento e manutenção do organismo.
No nível orgânico, as proteínas tem funções de defesa (imunoglobulinas, por exemplo), transporte (o HDL é uma lipoproteína que transporta o colesterol), reguladoras (atuam na formação de vários hormônios) e enzimáticas.
As necessidades nutricionais do paciente dependem da sua idade, do estado fisiológico, do gasto energético (metabolismo basal e nível de atividade física) e de patologias existentes.
De forma geral, os valores recomendados para adultos variam de 0,8g a 1,0g de proteína por quilo de peso corporal. Isso corresponderia a aproximadamente 10-35% da proporção de energia necessária para o organismo funcionar.
OBS: Atletas, crianças, idosos e pessoas com ingestão energética reduzida tem valores diferentes.
Dito isto, para que possa atender de forma satisfatória a essas necessidades nutricionais é ideal que a proteína seja de alta qualidade.
Antes, algumas definições:
- Proteínas completas são aquelas que fornecem todos os aminoácidos essenciais em quantidade suficiente.
- Proteínas de alta digestibilidade são aquelas que tem seus aminoácidos absorvidos mais facilmente no processo de digestão.
Proteínas de alta qualidade (ou de alto valor biológico) são as que combinam os dois fatores, ou seja, fornecem todos os aminoácidos necessários e são fáceis de serem absorvidas pelo organismo.
Existem, basicamente, dois grupos de proteínas: as de origem animal e as de origem vegetal.
As de origem animal são as mais ricas em aminoácidos e são consideradas de melhor qualidade do que as vegetais. Também possuem alta biodisponibilidade de ferro, ou seja, boa quantidade do ferro ingerido na carne será efetivamente absorvida pelo organismo.
Suas principais fontes são:
- Leite e derivados: 2 a 3,5%
- Carne, aves e peixes: de 15 a 30%.
- Vísceras (língua, fígado, rins, pulmão, testículos): São mais ricas em vitaminas e minerais que a carne do músculo.
- Ovos: ~13% (a clara tem 11% de proteína e 89% de água. A gema possui 16% de proteína e é rica em fósforo e nucleoproteína.)
Importante: Deve-se aconselhar o paciente que ainda queira consumir proteínas animais, a preferir as que contiverem menor quantidade de gordura (proteínas magras, carnes sem peles e gorduras visíveis), e a ingerir com moderação, devido ao alto teor de gorduras saturadas e colesterol presentes nessas fontes alimentares.
As de origem vegetal são importantes por terem também um alto teor de vitaminas e fibras, mas são consideradas proteínas incompletas. Por esse motivo, é necessário complementar a ingestão através de combinações numa mesma refeição, como é o caso do famoso arroz e feijão (proteína de um cereal com a proteína de uma leguminosa). Essa combinação aumenta o valor biológico dessas proteínas. Suas fontes são os grãos, leguminosas (como feijões e vagens), oleaginosas (nozes, castanhas, etc), cereais (arroz, trigo, aveia, e outros).
Alguns valores (para 100g do alimento):
- Ervilha: ~5,42g
- Chia: ~16,54
- Feijão: ~8g (o preto é o mais proteico)
- Grão-de-bico: ~19,30g (cru); 22,39g (farinha)
- Gergelim: ~17,73g (cru); 40,32g (farinha)
- Amêndoa: ~21,15g
- Castanha de caju: ~18,22g
- Soja: ~36g (varia com o preparo)
OBS: Cuidado com a soja: há estudos que relacionam o consumo excessivo da soja a alergias, problemas de tireóide e câncer, e seus fitoestrógenos a problemas de saúde masculina. Procure sempre se informar para orientar seu paciente da melhor forma possível!
Sabendo dessas informações, se o seu paciente decidir que não quer mesmo ingerir carnes, sugira que faça combinações variadas de alimentos vegetais que contenham alto teor de proteínas.
Algumas combinações interessantes:
Quer mais referências sobre ENFERMAGEM e NUTRIÇÃO? Dá uma olhada no nosso material! É só clicar aqui.
Fontes:
Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO): The Amino Acid Content of Foods and Biological Data on ProteinsRevista Brasileira de Nutrição Clínica
Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN)
United States of Department Agriculture (USDA) Inglês
Nutrient Recommendations: Dietary Reference Intakes (DRI) Inglês
BRIDI, ANA M., Consumo de carne bovina e saúde humana: convergências e divergências
Imagens:
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terça-feira, 14 de março de 2017
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Enfermagem na Pratica,
em
12:49
A pele da Tilápia, rica em colágeno tipo 1, favorece a rápida cicatrização da pele subjacente; além disso, minimiza os riscos de infecção por formar uma camada de proteção e evita a perda de líquidos dos tecidos, comum em queimaduras de segundo grau. Com o tratamento, percebeu-se também que os curativos realizados com essa pele causam menos dor aos pacientes do que os curativos comumente utilizados, à base de sulfadiazina de prata.
O uso de pele animal para a confecção de curativos biológicos (como por exemplo a pele de porco) é bastante usada em outros países como enxertos para recuperação de queimaduras extensas. Aqui no Brasil, a Tilápia é consumida mas sua pele é normalmente descartada. Percebendo isto, os médicos tiveram a ideia de experimentar com a pele do peixe, que passa por um rigoroso tratamento de esterilização e preparação antes de ser aplicada aos pacientes.
Leia mais a respeito desse assunto em: FENAM e Resumo de estudo científico sobre a preparação da pele de Tilápia para uso humano
Fonte da foto: Divulgação/Universidade Federal do Cearásexta-feira, 10 de março de 2017
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Enfermagem na Pratica,
em
17:36
Estudante, pode contar com a gente pra dividir materiais com você, afinal, conhecimento só tem valor quando é compartilhado!
Entra na nossa área de materiais: é só clicar em "Interação > Materiais" no menu superior direito do blog.
Estamos aumentando a coleção gradualmente, mas você já pode encontrar alguns livros, artigos e resumos das disciplinas básicas da Enfermagem!
Esperamos ajudar nos seus estudos! ✍
Bênçãos de Florence! ⛑⭐
quinta-feira, 9 de março de 2017
Mudanças no Calendário de Vacinação 2017
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Enfermagem na Pratica,
em
23:11
Na última sexta-feira (3) o Ministério da Saúde divulgou no novo calendário de vacinas na rede pública, que entra em vigor neste ano.
Foram feitas várias mudanças nas dosagens e idades. Veja aqui o que ficou diferente:
Fontes: Portal Saúde
Tabela - Calendário Vacinal 2017 (clique para ampliar) |
Boas-vindas!
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Enfermagem na Pratica,
em
01:34
Olá!
É com grande satisfação que lhe damos as boas-vindas ao blog Sendo Aluno: Enfermagem na Prática!
Aqui você encontrará conteúdo variado sobre a área da Enfermagem, com foco especial para quem sonha com seu futuro nessa profissão: o aluno!Em breve teremos novidades!
Bênçãos da Florence!
"Portanto, nunca perca a oportunidade de exortar um começo prático, por pequeno que seja, pois é maravilhoso quantas vezes em tais assuntos a semente de mostarda germina e se enraíza."
- Florence Nightingale
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